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Quarentena


Tenho tantas saudades de jantar fora, até tenho saudades de passar aquela vergonha por tirar fotografias à comida, com a esperança que houvesse tempo (ou organização) para aqui criticar. Mas ainda tenho mais saudades de beber copos com a minha tropa, as minhas amigas, de dar abraços e beijos a todas elas, que dias estranhos e que meses esquisitos.

Gostava que não me tivessem pedido a coragem de ter tantas coisas por decidir, mas é um facto, o Covid também me trocou as voltas, #Bastard. Talvez porque não ter sido egoísta suficiente, não me foi indiferente as imagens de Itália. O Covid de facto não nos pode deixar indiferentes... tem de haver vida pôs-Covid e vida muito melhor. A indiferença não ajuda na mudança, a indiferença é pior que a crítica mal-feita (tantas que existem por aí), sinto repulsa dos indiferentes, dos que não se chocam com o mal e não se movem para o bem, dos que não sabem ser sal e açúcar, são os tíbios.


Nesta quarentena, entre os mil e um propósitos que queria ter feito: dieta (vá podem rir), fazer exercício físico (fiz 1 aula virtual em 3 meses, sou tão péssima nisto), ler + (ao menos comecei Os Noivos de Alessandro Manzoni) e claro escrever no blog (ups!!!). Não que eu ache que alguém está aqui, à espera para me ler, ou que eu de facto tenha algo extraordinário para lhe contar, é somente porque me faz bem, é porque puxa por mim. Lembro-me do dia que a minha mãe tentou convencer o avô a fazer sudoku para exercitar a mente, é assim que é O Quinto Touro para mim: exercita a minha mente, como o sudoku.


Não consegui fazer os meus propósitos de quarentena, mas cumpri os meus desafios que foram involuntários: não adiei o meu casamento, mas adiei a festa, porque o que para muitos é o principal para nós não, contundo não somos de ferro, não ter festa doeu e doeu para caraças, tínhamos imaginado aquele festão de dois dias - sim dois dias - com folclore, porco no espeto, vinho, boa comida, amigos, muitos deles, por todo o lado a invadir a ilha e, claro, Gin com pepino. Também haveria touros, não só o quinto, os de verdade.

Perante tudo isto salva-nos o bom vinho, os bons amigos, uma mãe maravilhosa e um futuro marido que é uma rocha #TomaCovidIstoTuNãoMandasAbaixo.


Hoje quando ouvia o directo da Francisca Van Zeller (insta: provas_em_casa ) com os desenhos do Albano Jerónimo, pensei: que saudades de falar de comida e de escrever sobre comida, preciso de exercitar a mente e o paladar, preciso do meu Sudoku.


Vou retomar o blog, com antigas experiências gastronómicas, sugestões de uma óptima mãe que é óptima cozinheira (sim é a minha!) e muitas outras coisas.... Por hoje é tudo, por isso vou sair daqui e fazer Pipocas com Caramelo (óptimo consolo) mas fique atento!

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