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De Genebra a Chamonix

Atualizado: 7 de nov. de 2020

Gosto sempre de experimentar coisas novas, conhecer as outras culturas e a comida ajuda-nos tanto a "aculturar"! (Acho que se os lideres mundiais comessem melhor haveria paz entre os povos).

A comida fala-nos muito dos outros: é cultura, até tenho a ousadia de dizer que é arte, fala-nos de sentimentos e das paixões, transmite-nos emoções e dá-nos lembranças. (quem é que nunca comeu aquele gelado que mesmo aguado era tão bom porque nos levava até às férias da nossa infância?) Como é bom ter muitos amigos à volta de uma mesa, como é bom ter a família reunida à hora do jantar.

Por isso vou falar de comida e vou falar mais do que falar de comida.



Pela segunda vez parava em Genebra. É uma cidade muito fria, não só em temperatura, mas no temperamento dos seus habitantes, talvez por ser uma cidade com uma cultura da imparcialidade, por vezes, tinha a sensação que lhes faltava aquela paixão que nos latinos somos especialistas (talvez influências do ateísmo e do Calvinismo Puritano?). Mas uma coisa é certa, tudo o que os suíços fazem, fazem-no bem feito e isso também se vê na comida: queijos, fondue, Racletes, chocolates e relógios, claro.


Em Genebra vê-se, claramente, muita influência do multiculturalismo, e dos nossos emigrantes (#OrgulhoPortuguêsParaAlémDasFronteiras) é muito fácil encontrarmos pasteis de natas, farturas, bolas de berlim, cerveja Sagres, Super Bock... nos cafés, bares e supermercados (todos os supermercados onde fui tinham cerveja portuguesa, como não gostar da Suiça?) A comida também serve para matar saudades!


A minha viagem começou por um belo jantar de anos, Fondue para festejar os meus 33!

Fondue, feito pela Rosarinho e pelo Valter (os nossos anfitriões e grandes amigos), foi acompanhado com a típica batata cozinha, os pickles e as carnes frias, a carne fria que se come tradicionalmente na Suíça é Viande Seché (que quer dizer Vaca Seca), é uma espécie de presunto mas de vaca, o sabor é intenso, e muito, muito bom, fiquei convertida ao Presunto da Vaca.

O queijo Suíço, mais conhecido (ou pelo menos o que comemos mais) é o Gruyere um queijo com muita cura, de dura textura e o sabor intenso, óptimo para os apreciadores de queijo à série, comprei para levar para Portugal - ainda está à espera de uma ocasião especial!


É impossível falar de gastronomia Suíça e não referir aos Chocolates, que M-A-R-A-V-I-L-H-A, não sei como as suíças não são gordinhas e cheias de diabetes! Com esta categoria de chocolates comíamos 1 Tablet por dia (fora o resto). Sei que nos dias de hoje podemos encontrar muitos chocolates suíços no nosso mercado, contudo penso que sabe muito, mas muito melhor os chocolates suíços comidos na própria Suíça.


“A nossa subida aos Alpes foi talvez o melhor momento da viagem (não desfazendo das aventuras por Genebra com a Prima Rosa)! Mas Mont-Blanc entrou na lista das paisagens mais bonitas da minha vida, a neve, Chamonix lá em baixo: uma junção de místico com rústico (estou a ser forçada?), levou-me a ter um coração agradecido a Deus pela criação do Mundo! Que beleza (e se a criação é tão bela, como será o Criador!)”

Nada premeditado, mas fizemos um Picnic nos Alpes, no meio das Montanhas, momentos que se tornam inesquecíveis pela sua simplicidade, Sandes de Queijo Gruyere e Viande Seché, pickles e uma pasta queijo com avelãs e chocolates para a sobremesa. Metemos as nossas bebidas na neve para ficarem frescas, mais uns palitos folhados de queijo que já vinham a ser petiscados durante a viagem, podemos dizer que foi Ó-P-T-I-M-O e simples, mas sobretudo ter a companhia do Francisco valeu todos os queijos do mundo.


Chamonix é a típica aldeia dos Alpes (lindo lindo lindo), chegámos no domingo e começámos por ir à Santa Missa. Foi de uma enorme intensidade, música barroca, a imagem de um santo muito nosso e isso tudo ali no meio da neva.

Passear pelas casas típicas, a envolvência do ambiente dos desportistas de esqui, sim, apetecia sentar naquelas esplanadas, beber um boa cerveja e comer um queijinho, e foi o que fizemos.

Cerveja fresca, por incrível que parece combina com a neve, depois o típico prato de queijo com batata servido com carnes frias e salada: TartifletteComo era o dia de anos do Francisco tínhamos de comer uma boa sobremesa e nos Alpes nada melhor: Churros quentes com açúcar e Nutella (Meu Deus, obrigada pela Nutella e pela Neve e pelas duas juntas!)


Antes de voltarmos para Genebra entrámos numa daquelas lojas de produtos regionais apreciámos tudo e com imensa vontade de levar tudo (as malas pequenas da EasyJet ajudam-nos a viver a pobreza), somente trouxemos o um tinto Malbec (casta Argentina) para o jantar e um enchido com avelãs, para comer em Viseu... voltámos felizes.


Em Genebra podemos encontrar uma gastronomia de luxo, os supermercados têm uma incrível disposição dos produtos que são de uma imensa qualidade. Muitos dos nossos passeios na Suíça eram visitar talhos, lojas de azeite, peixarias, lojas de caviar e champanhe e vinhos.
Foram umas férias inesquecíveis, também pela comida!

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